A energia através da história

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 Autor: Geni Aparecida do Carmo Cruz

A história da humanidade evidencia registros a respeito da existência de uma energia sutil perceptível no corpo humano, nos animais e plantas. Conhecimento com origem em tempos imemoriais e, sempre vinculados à religiosidade e ao misticismo. Relatos de práticas de xamãs manipulando forças invisíveis em rituais podem ser encontrados nas sociedades primitivas. Sacerdotes do antigo Egito eram mestres da ciência oculta e profundos conhecedores, dominadores da energia sutil. Magos e feiticeiros existiam espalhados por diversos países do mundo antigo e o trabalho deles envolvia lidar com essas forças invisíveis.

Brennan, nesse sentido, reporta-se à História da investigação científica no campo da energia humana e relata que os místicos, embora não tenham falado de campos de energia nem de formas bioplásmicas possuem tradições condizentes com as observações que os cientistas só agora entraram em contato. Neste ponto, ela descreve as experiências oriundas das práticas religiosas nas quais a oração e a meditação leva ao estado de consciência ampliada e o religioso declara enxergar luz em torno das pessoas.

Ela retoma a tradição espiritual indiana, de mais de 5.000 anos, assentada sobre a existência de uma energia universal constituinte da vida, o prana. Os chineses que no terceiro milênio a.C. diziam de uma energia vital por eles denominada de Chí e que compõe e impregna toda matéria animada e inanimada. Seu equilíbrio ou desequilíbrio por meio das forças yin e yang resulta na saúde ou moléstia, e norteiam os princípios da antiga arte da acupuntura. Após cinco séculos a acupuntura foi aperfeiçoada pelo Imperador Hoang-Ti, seu objetivo era o de promover o reequilíbrio do fluxo de energias Chí (qui), através de canais energéticos (nadis, meridianos).

Outros autores defendem ideia similar, Capra (1989) diz que os conceitos da física moderna frequentemente mostram a existência de paralelos com as ideias expressas nas filosofias religiosas do Extremo Oriente. Paralelos pouco discutidos por enquanto, algumas contribuições oriundas da cultura da Índia, China e Japão podem ser destacadas as que derivam do hinduísmo, budismo e taoísmo. Segundo Capra, pode se dizer que de modo geral a física moderna conduz a uma visão de mundo similar aquelas sustentadas pelos místicos de todos os tempos e tradições (CAPRA,1989: 15).

Dziemidko (2000:14) discorrendo sobre energia e cura energética, diz que a energia do corpo é aquilo que anima, dá vida ao corpo físico. O que em outras culturas é conhecido como energia vital, ou “força vital”, de reconhecimento na filosofia e nas curas tradicionais. O chinês lança mão de três palavras para referir-se aos aspectos diferentes dessa energia: Chi, Jing e Shen; os indianos a denominam de prana, palavra usada por eles também para respiração e espírito. “O uso dessas palavras tem milênios, mas tem sido menosprezada, nos últimos séculos em nossa cultura, em nome do progresso científico.”

Ela salienta o fato de que antigos textos religiosos dos hindus, da filosofia chinesa, estarem cheios de referências que só agora através da luz das modernas teorias da física começam a ser compreendidas. Há milênios, os místicos descrevem experiências de ver o Universo sob a forma de ondas. As teorias mais progressistas da física estão se aproximando dessas ideias. Por trás de tudo existe uma força inexplicável – o vácuo quântico -- Sentimos a substância que nos dá a qualidade de vida o tempo todo, é ela que ativa nosso pensamento, emoções e ações, agindo como a eletricidade, visto que ao fluir por nós ela faz as coisas funcionarem. Idêntico ao que faz a eletricidade, quando flui, cria m campo energético. Campo esse que os terapeutas percebem ao redor e permeando o corpo humano (DZIEMIDKO, 2000: 25-37).

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